domingo

A Origem do Yoga

A argumentação arqueológica mais recente contesta os antigos arqueólogos. A nova geração de arqueólogos, que utiliza a arqueologia processual como método de trabalho, concebe que “uma civilização é produto de um longo processo de evolução e mudança cultural que envolve longos períodos de tempo e amplas extensões de terra, e não algo que acontece da noite para o dia”.
Esta nova metodologia traz com total clareza a continuidade, entre as culturas Indus-Sarasvatí e do Ganges. Essa continuidade é evidente na tradição oral, na cosmogonia, na linguagem e nos sistemas de pesagem e medição.Descobriu-se recentemente ruínas da cidade de Mehgahr, cujas origens estão localizadas no período entre 8215 e 7215 a.C.. Foi revelado o uso do cobre, o plantio de cevada e a criação de gado no cercado; estes são alguns elementos da cultura Védica. Tudo isto, juntamente com o achado de alguns altares domésticos de culto ao fogo em Harappa e Mohenjodaro, entre outras, derruba a argumentação dos primeiros arqueólogos, que afirmaram que o cavalo foi levado a esta região através dos invasores Arianos, por volta do ano de 1500 a.C.. O curioso é que há pouco tempo encontrou-se ossos eqüinos em assentamentos humanos anteriores ao surgimento da cidade de Harappa e o Rig-Veda, que é datado de 5000 a.C., descreve através de hinos o amor do povo pela terra que sempre habitaram — o clima, a geografia, a fauna e a vegetação que coincidem com os da Índia Setentrional. Nestes hinos são feitas inúmeras citações ao cavalo e à sua utilização, o que reforça a continuidade entre as culturas do vale do Indo e a Védica, não havendo nenhum registro da tal invasão, nem na memória coletiva, nem nas tradições dos descendentes dos supostos derrotados, os Drávidas.

Existe um número enorme de argumentos que desmontam a versão dos primeiros arqueólogos; a manipulação dos mitos de qualquer cultura, feita por investigadores, historiadores e outros especialistas, tem como único resultado aniquilá-los.

O Yoga surge junto a esta civilização de língua bem desenvolvida, rico artesanato, cidades urbanizadas, escrita pictórica muito avançada, remontando a um período de 10.000 a.C.

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